Poucas pessoas lembram ou sabem, mas o mês que iniciar-se-á terça-feira é o mês da Consciência Negra. Consciência Negra? Qual o motivo disso? Há uma consciência negra? Isso é racismo ao contrário! Só pode ser!
Pois bem. Pensemos um pouco: considere a história de sua vida. Lembre de um momento importante. Agora lembre o que aconteceu em detalhes. Desses detalhes, escolha um desagradável. Como ele se apresenta para você? Provavelmente não muito bem. Provavelmente você não gosta do que lembra. Provavelmente você não se lembra dos detalhes desse momento ruim. Não detalhadamente.
Melhoremos. Vou te dar um exemplo mais sólido: Lembra daquela fotografia daquele momento de reunião de toda a família? Tod@s reunid@s e sorrindo para a foto? Quase todo mundo tem uma foto dessa. Foque-se em você na foto. Você provavelmente está feliz, sorridente. Digamos que você tenha descoberto no meio da confraternização que seu namorado ou namorada estava ficando com outra pessoa. Com o entregador de água mineral. Tonhão da água e do gás. Terrível. Trágico (citando o sr. Omar do seriado Todo mundo odeia o Chris). Pois bem, feito tal rememoramento, passemos adiante.
Você brigou, esperneou, bateu, chorou. Surtou, enfim. Na hora da foto: sorria! E é tal foto a que aparece em seu álbum. Em outras épocas, álbum palpável, hoje virtual.
Sim, mas o que isso tem a ver com o mês da Consciência Negra? Você vai saber agora.
A história que você quer lembrar acerca daquela festa é o momento da foto. É a conversa com os colegas, alguns parentes legais. VOCÊ NÃO LEMBRA DE IMEDIATO DO RUIM. ASSIM É A HISTÓRIA DA POPULAÇÃO AFRODESCENDENTE BRASILEIRA.
E a escravidão? É o que mais se lembra! O ponto é o seguinte: a história da população afrodescendente brasileira é a história contada da perspectiva do "outro". Do "dominador". Esse é o 13 de maio. Ainda que valha e seja importante pois é marco do processo de libertação e construção da cidadania não é o momento mais importante para muitos afrodescendentes.
O dia 20 de novembro, sim. É a data que reafirma a ação da população afrodescendente. Comemorações e protestos em todo o Brasil. reações apaixonadas e apaixonantes.
A partir de hoje, postarei textos acerca da luta da população afrodescendente e suas repercussões na sociedade brasileira. Serão textos que não têm a intenção de serem parciais, mas textos para refletir.
Comecemos assistindo este documentário: Zumbi somos nós.
http://www.youtube.com/watch?v=xKVVdf3Enu0
http://www.youtube.com/watch?v=JVF3uoPnGyI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=20byc-_ZBx8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=kEHi0h-kGKg&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=pIwy4hTi1CY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=HGIqyOe9CrQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=PDW9nSM5B-Y&feature=related
São os links de todas as partes para evitar o acesso em links do mesmo vídeo mas com divisões de tempo diversas.
Acesse. Assista. Pense. Reflita. Decida. Aja.
TENHA HISTÓRIA NA CABEÇA!
“A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas; nas ruas de subúrbio, nas casas de jogo, nos prostíbulos, nos colégios, nas ruínas, nos namoros de esquina. Disso quis eu fazer a minha poesia, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não têm voz.” Ferreira Gullar
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